terça-feira, janeiro 31, 2006
Sono perdido
Fugas oníricas
Escuridão
Silêncio
Não lembranças
Não esperanças
Olhar fixo
O teto como
Testemunha
Única
Falta pouco
Para a paz
Para a saciedade
Sempre
Falta pouco
Pouco que
Nunca chega!
Fugas oníricas
Escuridão
Silêncio
Não lembranças
Não esperanças
Olhar fixo
O teto como
Testemunha
Única
Falta pouco
Para a paz
Para a saciedade
Sempre
Falta pouco
Pouco que
Nunca chega!
segunda-feira, janeiro 30, 2006
Aviso de utilidade pública.
.
Hoje recebi um e-mail de determinada empresa dizendo que o meu computador estava infectado e recomendando que eu baixase uma vacina sob pena de ter o meu serviço de e-mail bloqueado.
Ao entrar em contato com a empresa fui informado que esta mensagem era FALSA e que a empresa não enviava este tipo de mensagens.
Procedimento:
Ao receber e-mail com teor parecido entre em contato com a empresa que supostamente envia a mensagem e confirme a veracidade da informação.
quarta-feira, janeiro 25, 2006
Aconteceu no Bom Fim
.
Caminhavam de mãos dadas pelas ruas do bairro que já tivera noites agitadas em outras épocas. Sempre fora uma zona meio chique, meio marginal, meio estudantil, meio boemia e meio intelectual. Era a união de tantas "metades" que fazia a graça e o encantamento e provocava um fervor cultural onde tantas tribos conviviam de forma nem sempre pacífica.
O máximo que sobrava agora eram os descolados quarentões e gente que simplesmente gostava daquelas ruas povoadas por fantasmas e visões de movimentos contraculturais.
Mas passeavam, mesmo assim, nas ruas agora apenas residenciais, em uma penumbra que nem a iluminação pública conseguia dissipar. Iam silentes, aqui um cachorro perdido, ali um mendigo, lá adiante um outro casal que passava apressado pela transversal. Foi quando avistaram o cara com o violão, sentado na calçada, em posição de lótus e tirando acordes dispersos. Sem combinação e sem trocar palavras sentaram perto do pretenso músico recostaram suas cabeças e ficaram escutando entregues ao inesperado. Neste momento, como se fosse um prêmio, melodias começaram a ser tocadas, uma atrás da outra. Melodias sem canto e que evocavam estados de pureza adimensionais, algo de puro enlevo, espiritual até. Foram ficando, sem outra preocupação a não ser escutar, sem outro sentido que não o da audição. Ficaram, ficaram e ficaram. De repente o violeiro, num pequeno gesto anunciou o fim dos dedilhados e daquele som que se propagava evocando sentimentos inusitados. Levantaram, sem trocar palavra voltaram a caminhar já sentido o toque da briza de uma nova manhã que se iniciava. Na frente apenas folhas secas navegando no vento...
O máximo que sobrava agora eram os descolados quarentões e gente que simplesmente gostava daquelas ruas povoadas por fantasmas e visões de movimentos contraculturais.
Mas passeavam, mesmo assim, nas ruas agora apenas residenciais, em uma penumbra que nem a iluminação pública conseguia dissipar. Iam silentes, aqui um cachorro perdido, ali um mendigo, lá adiante um outro casal que passava apressado pela transversal. Foi quando avistaram o cara com o violão, sentado na calçada, em posição de lótus e tirando acordes dispersos. Sem combinação e sem trocar palavras sentaram perto do pretenso músico recostaram suas cabeças e ficaram escutando entregues ao inesperado. Neste momento, como se fosse um prêmio, melodias começaram a ser tocadas, uma atrás da outra. Melodias sem canto e que evocavam estados de pureza adimensionais, algo de puro enlevo, espiritual até. Foram ficando, sem outra preocupação a não ser escutar, sem outro sentido que não o da audição. Ficaram, ficaram e ficaram. De repente o violeiro, num pequeno gesto anunciou o fim dos dedilhados e daquele som que se propagava evocando sentimentos inusitados. Levantaram, sem trocar palavra voltaram a caminhar já sentido o toque da briza de uma nova manhã que se iniciava. Na frente apenas folhas secas navegando no vento...
domingo, janeiro 22, 2006
|domingo, janeiro 15, 2006
Leiam esta história sobre a Inocência. (Esta eu gostaria de ter escrito. Beijo Ruth!)
|
sexta-feira, janeiro 13, 2006
.
Aos 15:
- Oi, tu não é a...
- Paty...
- Hein?
- Meu nome é Patricia e esta tua cantada é a mais velha do mundo, rsrs.
- O ano passado tu estava aqui, não é?
- Não, este é o primeiro ano que venho aqui...
Aos 20:
- Oi Paty!
- ?
- Lembra de mim?
- ?
- Cinco anos atrás, aqui neste mesmo lugar...
- Cara, não leva a mal, mas eu tô com pressa, meu namorado tá me esperando...
Aos 30:
- Patricia!!!
- Desculpa, te conheço?
- Sim, nos encontramos outras vezes aqui...
- Ah é? Não lembro mesmo...
- Tua filha?
- Hum, Hum...
- Casada?
- Separada... Peraí, tu não é um maluco que dizia me conhecer?
- Mais ou menos.
- Olha, tô com presa...
- Fica com o meu telefone...
- Tá, a gente se fala...
Aos 40:
- Tô te conhecendo, tu é o cara aquele que me deixou o telefone...
- Sou...
- Pois é eu perdi e nunca mais te vi...
- É, a gente se conhece a 25 anos e não sabe nada um do outro.
- Eu nem sei o teu nome...
- Ronaldo...
- Heim?
- Ronaldo, meu nome...
- Casado?
- Não, solteiro.
- Tá brincando, é mesmo? Tu trabalha no que?
- Advogo.
- Advogado e solteiro com a tua idade?
- É, acho que não encontrei a mulher certa...
- Hum, hum! Escuta eu estou na casa de uma amiga e tu não gostaria de
Resumo da Ópera:
Foram morar juntos. Ela as vezes reclama, as vezes se sente apaixonada. Ele gosta dela e se pergunta porque demorou tanto tempo. A filha dela, de 15 anos, estes dias chegou em casa rindo e contando dum carinha que tentou passar nela a cantada do "eu não te conheço?".
A vida é muito engraçada!
sábado, janeiro 07, 2006
MANIFESTO À FESTA.
NESTES TEMPOS PRAGMÁTICOS, ONDE O CULTO À AGRESSIVIDADE VIROU QUASE UMA RELIGIÃO,
ONDE A ILUSÃO DE QUE PODEMOS TER ETERNAMENTE 20 ANOS E QUE O TEMPO PODE SER CONTIDO,
ONDE O STRESS É GLORIFICADO E SOCIALMENTE INCENTIVADO, PARECE ESTAR SURGINDO NO IMAGINÁRIO COLETIVO UM DESEJO ICONOCLASTA DE REAVIVAR OS "ANTIGOS E BONS VALORES" DAS DÉCADAS DE SESSENTA E SETENTA.
APESAR DA GUERRA DO IRAQUE NÃO SUSCITAR O MESMO APELO PACIFISTA DA GUERRA DO VIETNÃ, AS PESSOAS COMEÇAM A SE DAR CONTA DO QUANTO ESTÃO CORRENDO, A VIDA INTEIRA, EM DIREÇÃO A LUGAR NENHUM.
AO MESMO TEMPO COMEÇAM A SE DAR CONTA QUE O ÚNICO "PRÊMIO" QUE O MODELO NEO-LIBERAL EM VOGA TEM PARA PARA LHES OFERECER É O CONSUMO DE BENS E SERVIÇOS NEM SEMPRE NESCESSÁRIOS.
COMEÇAM A PERCEBER QUE ESTÃO LONGE DE SATISFAZER SUAS MENTES ATORMENTADAS E SEUS ESPÍRITOS INQUIETOS DIANTE DE TANTA MESMICE E FALTA DE IMAGINAÇÃO PRODUZIDAS PELO HIPER-REALISMO VIOLENTO A QUE SE SUBMETEM COTIDIANAMENTE.
O MUNDO PRECISA URGENTE DE MAIS LEVEZA,
O MUNDO PRECISA DO RESGATE DO MÁGICO,
O MUNDO PRECISA DE MAIS SORRISOS, ORGASMOS E AFETOS.
PRECISAMOS URGENTE DE UMA NOVA CONTRACULTURA!
sexta-feira, janeiro 06, 2006
TUDO ESTAVA MUITO ESCURO,
ESCURO E OBSCURO. . .
UMA ESCURIDÃO QUE IMPOSSIBILITAVA QUALQUER VISÃO.
ENTÃO HOUVE UM RAIO.
POR UMA FRAÇÃO DE TEMPO HOUVE UM RAIO!
DEPOIS TUDO VOLTOU ÀS TREVAS.
MAS O IMPORTANTE É QUE HOUVE UM RAIO,
E NO MOMENTO DO RAIO
"UMA LUZ SE SALVOU"!
domingo, janeiro 01, 2006
Primeiro dia do ano. Um ano que se anuncia indecifrável no terreno político e no cotidiano das pessoas. A experiência mostra que todas as tentativas de prever acontecimentos se revelam inúteis. Ex: Quem seria capaz de início do ano passado prever isso:
"O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) registrou em 2005 uma inflação de 1,21%, segundo pesquisa divulgada hoje pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Trata-se da menor taxa da história do indicador, calculado desde 1989. Até então, a menor alta havia sido apurada em 1998, quando o IGP-M registrou variação positiva de 1,78%. No ano passado, o IGP-M registrou elevação de 12,41%." - Folha de São Paulo do dia 29/12/2005 no caderno Dinheiro.
(Dei este exemplo, porque as notícias boas parecem ser pouco valorizadas pela grande imprensa, que prioriza divulgar acontecimentos catastróficos ou escandalosos.)
Enfim, 2006 chegou, iníciando mais uma volta do planeta em torno do sol, em um infindável movimento cíclico que cria a ilusão do tempo cronológico e nos inspira a usar a pouca margem de manobra que, como indivíduos, temos de interferir nos acontecimentos para tornar a vida mais leve e a ficarmos atentos para absorver as mudanças que se impuserem.
Bom ano novo e que a DEUSA/DEUS nos abençoe!