Tons e Graus .comment-link {margin-left:.6em;} <$BlogRSDURL$> 5a8 ;

sexta-feira, março 25, 2005




"Quando você partir, em direção a Ítaca,
que sua jornada seja longa,
repleta de aventuras, plena de conhecimento.
Não tema Laestrigones e Cíclopes nem o furioso Poseidon;
você não irá encontrá-los durante o caminho
se o pensamento estiver elevado
e se a emoção jamais abandonar seu corpo e seu espírito.
Laestrigones e Ciclopes e o furioso Poseidon não estarão em seu caminho
se você não carrega-los em sua alma,
se sua alma não os colocar diante de seus passos.
Espero que sua estrada seja longa.
Que sejam muitas as manhãs de verão,
que o prazer de ver os primeiros portos
traga uma alegria nunca vista.
Procure visitar os empórios da Fenícia e recolha o que há de melhor.
Vá as cidades do Egito, e aprenda com um povo que tem tanto a ensinar. Não perca Ítaca de vista, pois chegar lá é o seu destino.
Mas não apresse os seus passos;
é melhor que a jornada demore muitos anos
e seu barco só ancore na ilha quando você já estiver enriquecido
com o que conheceu no caminho.
Não espere que Ítaca lhe dê mais riquezas.
Ítaca já lhe deu uma bela viagem;
sem Ítaca, você jamais teria partido.
Ela já lhe deu tudo, e nada mais pode lhe dar.
Se, no final, você achar que Ítaca é pobre, não pense que ela lhe enganou. Porque você tornou-se um sábio, e viveu uma vida intensa,
e este é o significado de Ítaca."
- Konstantinos Kavafis (1863-1933)

Este é o texto de abertura do novo lívro de Paulo Coelho que comprei e comecei a ler. Por enquanto o que posso dizer é que esta nova "mágica" do "Mago" tocou o meu espírito e reordenou a minha mente.

|

sábado, março 12, 2005

Aos mestres...

As estações passavam naquele pequeno planeta. Estranhos animais habitavam os mares, arrastavam-se pelas planícies e voavam pelos ares. Alternavam-se períodos de clima favoravel à vida com épocas de desolação. A existência continuava acontecendo...
Daquela orgulhosa raça que um dia chegou a acreditar que a inteligência racional era a maior ferramenta do universo já não havia mais nem um traço, nenhuma lembrança...

|

terça-feira, março 08, 2005

Horizontes

Recebo o comentário da Mani no post sobre "O Verão de 82".
Pois é minha amiga, não sei se sou tão nostálgico assim da minha juventude. Cada época da vida é exclusiva e irretornável. O que eu sinto, as vezes, é a saudade existencial da possibilidade de explorar novos caminhos, sentimento bem caricterizado na música "Horizontes" da peça "Bailei na Curva":

Há muito tempo que ando
Nas ruas de um Porto não muito Alegre
E que, no entanto, me traz encantos
Que um pôr-do-sol me traduz em veros
De seguir livre muitos caminhos
Arando terras, provando vinhos
De ter idéias de liberdade
De ver amor em todas as idades
Nasci chorando em Moinhos de Vento
Subir no bonde, descer correndo
A boa funda de goiabeira
Jogar bolita, pular fogueira
Sessenta e quatro, sessenta e seis,
Sessenta e oito, um mau tempo, talvez
Anos setenta, não deu pra ti
E nos oitenta, eu não vou me perder por aí.

Té +

|

quinta-feira, março 03, 2005

"A Paz Invadiu o Meu Coração..."

As guerras e os conflitos existem por serem socialmente aceitos e incentivados. Vejamos a questão da humilhação e da desqualificação de uma pessoa por outra. É um hábito tão antigo quanto arraigado. Quem humilha tem a sensação inebriante de poder e sente prazer com isso. Some a isso o apoio que recebe de um grupo, seja através de risos debochados destinados ao humilhado, seja através do silêncio cumplice e teremos uma boa parte da explicação. A humilhação transforma a vítima ( o humilhado) em réu e o carrasco ( quem humilha) em herói. Se não houvessem tantas pessoas gostando de ver outras se dando mal certamente a humilhação seria condenada, as pessoas começariam a se sentir desincentivadas a desqualificar os outros, o grau de autoconfiança de todos melhoraria, o grau de respeito mútuo e geral cresceria e todos ganhariamos com isso, pois estariamos criando um círculo virtuoso. Melhorar o mundo não é tão difícil assim, depende de paciência (muita), de boa vontade (mais ainda) e da convicção de que vale a pena!

Novamente repetindo: Esqueçam o "Se vis pacem para belum" dos romanos. Comecemos a acreditar no "Se vis pacem para pacem".

Té +

|

This page is powered by Blogger. Isn't yours?