domingo, novembro 19, 2006
Espelho
A lente mira e abarca a imagem agora prisioneira de bits virtuais. O fotógrafo, ainda sem a exata noção do resultado final, contrai o rosto, prende a respiração e dispara o click abrindo o diafragma. Pedaço de "realidade" congelada e perenizada enquanto não for apagada do banco de dados. Ao fundo "secos e molhados" de 1973 fazem a trilha sonora. Tudo seria perfeito, não fosse a imperfeição do mundo e a impermanência das conjunturas (que fazem da vida a aventura imprevista e imprevisível que é).
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