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quinta-feira, setembro 14, 2006

ONÍRICO
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Volátil, gostava desta palavra, que mostrava a força e a velocidade na passagem do estado líquido para o gasoso. O volátil podia ser inflamado por uma única faísca e então teriamos a ignição, ou o movimento explosivo que incendiaria o flúido que se consumiria em instantes. Terminado o combustível tudo voltaria ao estado primordial. Simples assim, como o gozo sexual!
Era nisto que pensava olhando o céu azulado de uma tarde precocemente primaveril. A sua cama habitada por ninfas imaginárias e por um sol que lhe esquentava a pele e ativava a libido. Pensava nela. Ela era específica e ao mesmo tempo a mistura de várias. Era uma só e a transmutação de inúmeras mulheres que lhe olhavam sorridentes e a ele se entregavam como nenhuma isolada seria capaz de se dar. Não teve climax. Nem teve fim. Durou o tempo de uma eternidade comprimida em um espaço inexato de tempo. Melhor dito, foi atemporal, e ele foi feliz. E ela, e elas todas se levantaram. Se disolveram em luminosidade e deixaram a paz do crepúsculo.



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