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sexta-feira, novembro 04, 2005

Pois ontem eu sai do meu trabalho e dei uma volta na feira do lívro. Comprei um livro de bolso em espanhol para praticar a leitura do idioma e de brinde ganhei um suplemento de um jornal Argentino - La Nacion Revista. No tal suplemento encontrei uma saborosa crônica que explica muito sobre a maneira de ser do povo Platino. Transcrevo a dita crônica no original e a seguir coloco a tradução que me atrevi a fazer. É um texto impagável e acredito que vocês, meus (poucos) leitores também vão gostar (¡Un regalo de mi para todos ustedes!):

"A las minas tratalas así

Por Ramiro Sagasti

El tipo tenia más pelos en las orejas que en la cabeza. El cuello, como el de un toro. Su garganta olía a caña quemada.
- A las minas hay que tratarlas así. Lo digo yo, que sé un montón. ¡Salud! - dijo con voz de motor diesel, y vació el vaso -. ¡Otra!
- ¡Vamos, todavía! Chuleta viejo y peludo - dijo el cantinero -. Cuando tenés razón, tenés razón. Si a las minas no les das un viaje de vez en cuando, se te van con otro.
Esta la invito yo.
Chuleta (al tipo le dicen Chuleta) agradeció el trago movendo la cabeza.
- ¿ Y vos qué mirás, flaco?
Se dirigió a mí. Yo había entrado en el boliche para hacer tiempo. Faltaban 15 minutos y salía el tren. Quise esconder las flores. Era tarde.
- Mirá Jacinto -dijo-. El flaco lleva flores. Noooo, pibe. Eso es gilada. La cosa es así: si las tratás bien, se te hacen las difíciles y se van con uno que les falta el respeto. Como yo, que hice cornudos a varios. Hachele caso al que sabe.
Busqué una frase, una que sirviera para callar a Chuleta que seguía:
- El otro día me levanté a una piba... No sabes lo que era. La ves e decís: ésta no le da bola a nadie... Pero el que sabe, sabe...
Encontré la frase:
- ¡Las flores son para la vieja! -casi grité. Chuleta me miró con respeto y brindó a mi salud."

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As mulheres devem ser tratadas assim
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O cara tinha mais pelos nas orelhas que cabelos na cabeça. O pescoço era como o de um touro. O hálito que vinha de sua garganta era de bebida alcólica.
- As mulheres devem ser tratadas assim. Te digo isto porque sei um montão. Saúde! -falou ele com voz de motor diesel enquanto esvaziava o copo-. Outra!
- Tá certo, Chuleta velho (amigo) e peludo - disse o bodegueiro-. Quando tens razão, tens razão. Se não der atenção (uma viagem, um presente) para as mulheres elas te trocam por outro. Este brinde é por conta da casa.
Chuleta (este era seu apelido) agradeceu o trago assentindo.
- Que que tu tá olhando fracote?
Se dirigia a mim, eu que havia entrado na bodega apenas para passar o tempo. Faltavam 15 minutos para sair o meu trem. Quis esconder as flores, mas era tarde demais.
- Olha Jacinto -disse ele falando com o dono-. O fracote leva flores. Nãaaaao, gurí. Isto é uma fria. A coisa é assim: se tu trata elas bem, se fazem de difíceis e vão com um que as trate mal. Um como eu que fiz de cornudos a outros homens. Aquele caso que te contei (Jacinto).
Neste meio tempo eu buscava uma frase, uma que servisse para calar a boca do Chuleta, que seguia:
- Outro dia me interessei por uma guria... Tu não tem idéia do que era. Era do tipo que tu olhava e dizias: esta não sabe de nada... Mas como sabia...
Encontrei a frase:
- As flores são para minha mãe! Quase gritei exultante. Chuleta me olhou com respeito e brindou em minha homenagem.



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