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domingo, maio 15, 2005

Socializando a leitura e expondo a (minha) vaidade.;-)

Domingo de manhã, hora de ler o jornal, deparo com uma coluna que me chama a atenção e me faz correr para o computador para colocar a minha opinião mandando um e-mail para o articulista. Como desejo de aparecer pouco é bobagem, decido dividir com vocês, meus hum... ham... três leitores (?) tanto a leitura quanto o meu pensamento a respeito contido no e-mail enviado:

"Sem sinaleira - David Coimbra (Zero Hora, caderno de esportes, 15052005)

Os holandeses estão sempre inovando. Cafés com maconha liberada. Prostitutas expostas em vitrines, em oferta, como se fossem cilindros de salame. A luz revolucionária nos quadros de Van Gogh. A Laranja Mecânica de Cruyff. E agora no trânsito. A cidade de Drachten, de 40 mil habitantes, resolveu radicalizar para combater os engarrafamentos e os acidentes automobilísticos. A prefeitura fez o seguinte: tornou as ruas mais perigosas. Arrancou as calçadas e as placas de sinalização, apagou as faixas das pistas e trocou as sinaleiras por rotatórias. A idéia é dar aos motoristas a liberdade de decidir quem tem prioridade na via pública e como proceder atrás de um volante. Ou seja: valer-se do senso de responsabilidade do cidadão. Funcionou. Os acidentes diminuíram e o fluxo de veículos se tornou escorreito. O que aconteceria se medidas idênticas fossem tomadas no Brasil? Imagine Porto Alegre sem calçadas, sem semáforos, sem placas de sinalização, sem faixas nas ruas. Simples: genocídio. Quanta diferença entre a Europa e a parte debaixo da linha do Equador. Entendeu agora? É por isso que campeonato com fórmula de pontos corridos não pode ser implantado por aqui! "

Na seqüencia o meu e-mail:

Prezado colunista
Sou seu leitor e, por não concordar com o desfecho do seu texto a respeito das experiências urbanísticas na cidade de Drachten, fui tomado por um impulso irresistível (rs) de lhe mandar este e-mail. Como assim "O que aconteceria se medidas idênticas fossem tomadas no Brasil? (...) Simples: genocídio." Quem disse que os europeus são tão mais civilizados que nós sul-americanos? (Todo o seu passado de guerras e atrocidades não corrobora esta afirmação.) Creio que o que aconteu lá foi algo bem simples: A prefeitura local tratou de apostar no senso de cidadania e de maturidade de seus habitantes e teve como contrapartida uma resposta favorável. ( Ora, qualquer grupo social composto de pessoas razoavelmente bem resolvidas tende a surprender possitivamente quando desafiado via incentivo e motivação.) As nossas "autoridades" (seja lá o que for isso) só não tomam atitudes parecidas aqui justamente pelas razões contrárias das que gostam de afirmar. O medo maior delas, "autoridades", não é que medidas similares adotadas aqui dêem errado. O MEDO MAIOR É QUE DÊEM CERTO e dando certo tirem delas o gosto de exercer "poder" empurrando sempre medidas cada vez mais restritivas à liberdade. O Marechal Osório (patrôno da nossa cavalaria) afirmou certa feita: "É fácil a missão de liderar homens lívres, basta apontar-lhes o caminho do dever". Osório com esta frase demonstrou ser um humanista dos bons e possuir uma fé na boa vontade das pessoas difícil de encontrar nestes tempos que correm.
Abraço fraterno.



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