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quinta-feira, novembro 11, 2004

Magda e Leandro (VII) Para que serve o amor?

- Oi princesa...
- Oi amor...
Foi assim. Não se jogaram nos braços um do outro. Ao contrário, se deixaram tomar pela imensa atração e lentamente juntaram bocas e corpos. Abraçaram-se com força e simplesmente deixaram fluir o prazer do reencontro após uma semana em que estiveram fisicamente afastados. Ela sentia a boca e o sexo molhados, o peito quente e a musculatura relaxada. Não queria transar de imediato, queria registrar com todos os sentidos o prazer do reencontro e prolongar ao máximo o desejo.
Ele se sentia tomado de um imenso carinho por ela e de uma necessidade forte de dar segurança e proteção, como que querendo fazer parar o tempo e eternizar o bem estar que lhe dominava o corpo. Pouco haviam se falado durante a semana, cada um envolvido com seus compromissos.
Finalmente, e um pouco a contragosto, saíram lentamente daquele momento mágico e voltaram ao tempo presente, entrando no apartamento dele. Quase tropeçaram no gato, que até então olhava a tudo observador.
- Magda, este é o Miu.
- Miu?
- É. Quando ele veio para cá, filhote, o miado dele soava assim, baixinho. Ele ainda não tinha força suficiente para fazer miau...
- Rs... Tá bom... Oi Miu eu sou a Mags. Tu és o gato do gato e eu sou a gata dele. Se tu te comportares posso me apaixonar por ti também...
- Miu, esta é a nossa namorada que veio para ficar e cuidar de nós dois, eu espero...
- Ficar em definitivo ainda não, mas as chances são boas, não percam as esperanças...
Ela foi olhando o apartamento que era de fundos, menor e mais simples que o dela.
Ficava no 3º andar de um prédio antigo e sem elevador, perto do centro. Tinha a janela da sala voltada para o norte e a do quarto voltada para oeste. Pegava bastante luz e calor do sol. Tinha um pequeno quarto onde ficava a cama (de casal), um armário e uma estante com livros. Na sala tinha um pequeno sofá, um computador e uma TV. No combinado cozinha/área de serviço se via um fogão, uma geladeira, um armário, uma máquina de lavar e uma de secar, além do tanque e da pia. O banheiro ficava entre a sala e o quarto e tinha uma caixa de areia onde o gato fazia as suas necessidades.
- Este é o meu Ap...
- Gostei daqui...
- Bom saber, ontem pedi para a senhora que limpa deixar ele pelo menos habitável... RS
- Exagerado. Tu não me pareces desorganizado...
- Na verdade não sou, mas receava não causar boa impressão.
- Notei que não sou a primeira moça que vem te visitar...
- Fala isto pela cama de casal? Na verdade gosto de dormir numa cama confortável...
- Não te preocupa, não sou ciumenta e não tenho medo delas...
- Elas quem?
- As outras. Comigo no páreo elas não tem a mínima chance... RS
- Convencida! Falou acariciando o rosto dela.
- Convencida não, realista às vezes e às vezes sonhadora. Não espere de mim só facilidades, mas saiba que te admiro...
- Achei que também me amasses...
- Claro que amo bobo (abriu um sorriso cativante). Precisa dizer?
- Precisa dizer e sentir.
- Ok, darling. Tu queres carinho não é?
- É...
- Eu também...
E assim se preparavam no meio de mais um beijo prolongado para um 2º fim de semana de gozos e delícias, como acontece em todo início.
O gato a tudo olhava com certa perspicácia filosófica.




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