sexta-feira, outubro 29, 2004
Magda e Leandro (A saga continua)
Depois de muitas idas e vindas, breves encontros e grandes desencontros, nossos devotos de Vênus conseguiram acertar as respectivas agendas, povoadas de compromissos profissionais, bate-papo com os amigos, bebedeiras, visitas a parentes e outras tantas coisas da vida.
Estavam no apartamento dela, recém-chegados do encontro que haviam marcado pelo celular tendo como referência uma pracinha perto dali.
- Moça corajosa. Correu o risco de trazer um cara quase desconhecido para o teu apartamento.
- Corajosa eu sei que sou. Quanto ao cara, ele não vai passar dos limites que eu estabelecer.
- Como pode ter certeza? Perguntou ele com um ar de zombaria.
- Tendo. Respondeu ela com segurança. E, de mais a mais, a minha intuição não falha.
- Ok, falou ele rindo, quando estivermos juntos tu me defendes do mundo e eu assumo o lado da vaidade.
- Eu sei que de mim eu não vou te defender...
- Isto eu não quero mesmo... Disse ele enlaçando ela.
- Aceita alguma bebida? Perguntou ela se desvencilhando com delicadeza.
- Tem mineral?
- A casa está em falta. Faz o seguinte: Pega água gelada na cozinha enquanto eu troco de roupa.
- A cozinha não era grande, porém estava decorada com bom gosto e uma ampla janela de vidro garantia a iluminação. Uma geladeira pequena, um fogão, um armário e uma mesa para duas pessoas completavam o mobiliário. Serviu dois copos com água e voltou para a sala. Largou um deles sobre a mesa de centro. Aproximou-se da janela. O apartamento era de frente e alto o suficiente para mostrar uma vista comum de uma parte da cidade. Em determinado ângulo dava até para ver um pedaço do rio.
- Bem-vindo ao meu paraíso particular. Disse ela. Vestia uma saia curta e uma camiseta branca. O resultado final era sensual.
- Este é o meu castelo nas nuvens. Falou com ar de menina, enquanto ensaiava passos de dança.
- Se você não notou, quando pegamos o elevador, estamos no 9º andar, portanto nem pense em fugir de mim escapando pela janela. Brincou.
- Nem pensar, eu estou apaixonado...
- Claro, meu anjo, e se depender de mim vai continuar por um bom tempo. Riu.
A tarde daquele sábado passou vagarosamente. Escutaram jazz, conversaram, riram bastante, contaram piadas e falaram muito sobre suas vidas e expectativas futuras.
Quando chegou a noite jantaram e tomaram vinho. Deitaram no chão e com naturalidade se despiram. Trocaram muitos beijos e carinhos prolongando ao máximo as preliminares. O olhar de ambos revelava puro encantamento e felicidade. Lentamente fundiram os corpos e no final o ritmo da respiração, o jeito dela de gemer e de falar baixinho palavras ternas emocionaram profundamente ele. A luz da sala estava apagada. Pela janela entrava a luz da rua e os distantes sons da cidade. Na FM tocava Nara Leão:
No alto de uma montanha existe um lago azul
É lá que a lua se banha
Até amanhã de manhã me banha de luz (...)
Vejo a lua dizendo pro sol: eu sou tua namorada.
Em meu quarto crescente é você quem brilha e me reluz
Se você vai iluminar o Japão eu fico abandonada
Num pedaço qualquer de canção na voz dessa mulher...
Adormeceram. Na madrugada uma leve brisa abençoou um casal que dormia de mãos dadas, corpos pacificados e alma leve.
(Final do terceiro ato e começo de uma união que promete. Não sei bem o que, mas que promete, ah, lá isto promete.)
Depois de muitas idas e vindas, breves encontros e grandes desencontros, nossos devotos de Vênus conseguiram acertar as respectivas agendas, povoadas de compromissos profissionais, bate-papo com os amigos, bebedeiras, visitas a parentes e outras tantas coisas da vida.
Estavam no apartamento dela, recém-chegados do encontro que haviam marcado pelo celular tendo como referência uma pracinha perto dali.
- Moça corajosa. Correu o risco de trazer um cara quase desconhecido para o teu apartamento.
- Corajosa eu sei que sou. Quanto ao cara, ele não vai passar dos limites que eu estabelecer.
- Como pode ter certeza? Perguntou ele com um ar de zombaria.
- Tendo. Respondeu ela com segurança. E, de mais a mais, a minha intuição não falha.
- Ok, falou ele rindo, quando estivermos juntos tu me defendes do mundo e eu assumo o lado da vaidade.
- Eu sei que de mim eu não vou te defender...
- Isto eu não quero mesmo... Disse ele enlaçando ela.
- Aceita alguma bebida? Perguntou ela se desvencilhando com delicadeza.
- Tem mineral?
- A casa está em falta. Faz o seguinte: Pega água gelada na cozinha enquanto eu troco de roupa.
- A cozinha não era grande, porém estava decorada com bom gosto e uma ampla janela de vidro garantia a iluminação. Uma geladeira pequena, um fogão, um armário e uma mesa para duas pessoas completavam o mobiliário. Serviu dois copos com água e voltou para a sala. Largou um deles sobre a mesa de centro. Aproximou-se da janela. O apartamento era de frente e alto o suficiente para mostrar uma vista comum de uma parte da cidade. Em determinado ângulo dava até para ver um pedaço do rio.
- Bem-vindo ao meu paraíso particular. Disse ela. Vestia uma saia curta e uma camiseta branca. O resultado final era sensual.
- Este é o meu castelo nas nuvens. Falou com ar de menina, enquanto ensaiava passos de dança.
- Se você não notou, quando pegamos o elevador, estamos no 9º andar, portanto nem pense em fugir de mim escapando pela janela. Brincou.
- Nem pensar, eu estou apaixonado...
- Claro, meu anjo, e se depender de mim vai continuar por um bom tempo. Riu.
A tarde daquele sábado passou vagarosamente. Escutaram jazz, conversaram, riram bastante, contaram piadas e falaram muito sobre suas vidas e expectativas futuras.
Quando chegou a noite jantaram e tomaram vinho. Deitaram no chão e com naturalidade se despiram. Trocaram muitos beijos e carinhos prolongando ao máximo as preliminares. O olhar de ambos revelava puro encantamento e felicidade. Lentamente fundiram os corpos e no final o ritmo da respiração, o jeito dela de gemer e de falar baixinho palavras ternas emocionaram profundamente ele. A luz da sala estava apagada. Pela janela entrava a luz da rua e os distantes sons da cidade. Na FM tocava Nara Leão:
No alto de uma montanha existe um lago azul
É lá que a lua se banha
Até amanhã de manhã me banha de luz (...)
Vejo a lua dizendo pro sol: eu sou tua namorada.
Em meu quarto crescente é você quem brilha e me reluz
Se você vai iluminar o Japão eu fico abandonada
Num pedaço qualquer de canção na voz dessa mulher...
Adormeceram. Na madrugada uma leve brisa abençoou um casal que dormia de mãos dadas, corpos pacificados e alma leve.
(Final do terceiro ato e começo de uma união que promete. Não sei bem o que, mas que promete, ah, lá isto promete.)
|